20.7.05

Da Unicamp ou Meu Futuro ou Seis Meses À Procura De Um Fim ou Me Ensina A Não Andar Com Os Pés No Chão

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida

Era uma vez, em algum lugar distante do mundo, um lava rápido que também era lanchonete.

A Terra do Nunca...? Oh...!

Um lugar em que se faz ARTE. Alguém tem alguma idéia do que seja isso? É talvez o paraíso. É talvez a coisa mais sublime que possa existir. Um lugar que existe exclusivamente para a realização de Arte. ESSE é o sentido da vida. E na vitrola, a voz de uma negra robusta americana cantando, cantando... A noite que ele não veio foi... foi de tristeza pra mim.

Argh, e a dor de deixar um lugar desses? O lugar em que se encontrou o sentido da vida? Mas agora já parece tão – tão dista-ãnte! Os pés já voltaram a se colocar firmemente no chão e começam a recriar suas raízes destruídas pela canção. Férias quais?
E o teatro DAQUI...

Argh...!

“Se é pra eu me sentir sozinho, o melhor é sentir isso aqui. Sozinho.” Mas acho que isso ficaria melhor no outro post.

Por um lado, mentiras, sacanagens, imaturidades, opacidades, babaquices, falta de qualidade. Por outro, mimagens, surdices, idiossincrasias, ordens, babaquices, falta de qualidade. Por outro, meninices, superficialidade, inumeridades, “organização”, babaquices, falta de qualidade.
Já no ano passado.
Será que no fundo sou EU? E se for, como fica a Unicamp? Será possível fazer isso se eu não consigo nem fazer teatro aqui, onde deveria ser mais fácil, menos trabalhoso? Como fazer isso na minha vida?

Ah, mas dá, mas dá...

Eu me prometi agüentar esses seis meses. Afinal são só seis meses. Mas não adianta dizer pra mim mesmo – peraí, logo mais melhora, são só seis meses. A merda e a dor e o ódio são AGORA...
E se não for seis meses? E se for um ano e seis meses? E se forem dois anos e seis meses?
E se eu não for embora?



E se eu for embora?
Meu deus, se eu for embora... espero ter uma festa de despedida... seria legal, triste, terrivelmente triste, mas legal. Espero voltar vezemquando. Espero ainda ver certas pessoas (oh-quem-será?-não-sei-não-sei...) com freqüência. Meu Deus, e se eu for embora? Que vai acontecer. Finjo, a partir de agora, que eu não sei que também terá uma parte ruim...

E aí... o amor pode acontecer... de novo pra você...

Realmente estava na hora de eu escrever esses dois posts...

Será que é o contrário?

Mas ARTE. Dizer algo, mostrar algo, Beleza....

Arte...

Mas já não sei mais o que falar, então que seja.

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida

Provocações

Ah-he-hê, Eh-ah-ahhá…
Ah-he-hê, Eh-ah-ahhá…



“A primeira provocação ele agüentou calado. Na verdade, gritou e esperneou. Mas todos os bebês fazem assim, mesmo os que nascem em maternidade, ajudados por especialistas. A segunda provocação foi a alimentação que lhe deram, depois do leite da mãe. Uma porcaria. Não reclamou porque não era disso. Foram lhe provocando por toda a vida. Ficou firme. Na décima milésima provocação, reagiu. E ouviu espantado, as pessoas dizerem, horrorizadas com ele: - Violência, não!”
...

Moi et le malin génie. Ah, que se ele existir, são provocações. Todas essas por aí são provocações maldosas, sa-a-ádicas. Tudo são provocações para o espírito cujas energias estão vibrando numa freqüência baixa. Tudo são provocações ou ele vê provocações em tudo? Obviamente o segundo, e é a tese que te-e-ênta-remos demonstrar.

Provocações são os outros. E se a intersubjetividade é baseada na visão, não deve fazer muita diferença ser provocação ou ser visto como provocação. Provocações são o inferno. E se provocação indica mais um efeito do objeto no sujeito que o vê do que uma característica própria deste objeto, talvez seja mesmo tudo a mesma coisa, não?

“Se é pra eu me sentir sozinho, o melhor é sentir isso aqui. Sozinho.” Mas acho que isso ficaria melhor no outro post.

Provocações as situações em que o ““destino”” nos coloca... numa quarta-feira cansada, após ensaio de teatro das 19h30 às 23h, pegar um ônibus que só passou à meia-noite. E chega o seu ponto, você fica feliz feliz e aperta o botãozinho e o motorista PASSA o ponto. Calma, né, é só andar um pouquinho, mas aqui um ponto significa...

00h20 eu do outro lado da Paulista. Lá da nove de julho. Duas possibilidades: a que sempre é melhor e a que sempre é pior. Mas a melhor significa subir até a Paulista e descer tudo de novo, e eu só quero DORMIR, pô. A pior significa ir por dentro do túnel, possivelmente sufocar com a fumaça dos carros, mas que tentação, seria tão mais rápido e fácil. Não, por cima, por cima. Sobe sobe sobe sobe...

Mundo é feito pra viver
Mundo é feito pra morrer
Mundo é feito pra amar
Também pra sofrer.

Escuro demais. BARULHO: olha pra trás não tem ninguém?não dá pra verdireitoporcausa do escuro que estáaquina rua será que tem alguém não parece muito seguro andar por aqui a essa hora masoqueeuposso fazer tenho que ir pracasa. Quase uma corridinha.
Arf-arf...
Agora vá você olhar a Av. Paulista à meia-noite e meia e me diz se você REALMENTE acredita que Deus existe.


Uma quadra nesse microcosmo lindo que me prende a essa cidade. A Avenida Paulista – cenário de quantos dos nossos posts, patos? De quantos dos posts que não foram escritos, mas vividos?

E eu chego em casa cansado, morto, tardio. E, é claro, o motorista do ônibus parou, sim, no meu ponto, e eu fui pra casa num pulo.

- - -

Mas provocações são as pessoas... as pessoas imaginadas, as pessoas gesticuladas, as pessoas faladas.

As primeiras provocam vinte e quatro horas por dia, pois elas estão comigo quando estou sozinho. As segundas provocam nos momentos de grande barulho de pano de fundo, aquele barulho que fica silencioso com o gesto. As terceiras provocam nos momentos de silêncio, com uma palavra, uma frase, ah! um SOM!
E a dor que a provocação dá (provoca)...


Entendam o sentido negativo que eu dou aqui às tais provocações. Não são aquelas que nos instigam, que nos movem, que nos fazem agir, viver. São aquelas que nos fazem morrer, sofrer, que só estimulam nossos impulsos Tânatos. Aquelas que te estimulam as ações negativas – os suicídios os assassinatos as paixões. Pathos.

O rosto da atriz.

- - -

Entrevista na Av. Paulista:
— Eu também gostaria de fazer uma coisa que poderia fazer você me odiar. E não é a primeira vez, mas como eu sou um covarde eu não faço. Eu finjo que não, que eu não sei que se você me odiasse por fazer isso significaria que você é, simplesmente, um idiota – e portanto não mereceria isso que eu vou fazer a você. E daí eu também não me importaria. Mas eu finjo que não. Eu finjo que de qualquer jeito você seria essa pessoa... como disse a Maria (ou ela estaria falando do que a Cláudia falou?): existem pessoas que simplesmente emitem um BRILHO que dá pra ver de qualquer lugar. Ah, mas você com certeza é uma dessas pessoas. E apesar de ela ter (a Maria, não a Cláudia, embora talvez a Cláudia também ache) dito que eu também sou, discordo. E tenho certeza que você discordaria, se você soubesse que a opinião que eu estou hipoteticamente pedindo aqui é a sua. Quer dizer, não sei se discordaria, assim enfaticamente, mas com certeza não concordaria. Fingiria, sei lá. Não é fácil falar – Não, você não é uma dessas pessoas que simplesmente emitem um Brilho que dá pra ver de qualquer lugar. Hm... “ ‘B’rilho”, “ ‘B’êijo”, coincidências cercando você, não? We meet again, Mr. X.......... E realmente esse hoje não aconteceria não fosse por aquele ‘ontem’. Pois é você, e foi aquele ontem que começou você em mim desse... jeito. Não, não do jeito que se está pensando, não, eu continuo naquela fase “eu não sinto, eu não sinto, duuuuh bah bah bah ouriço”, mas de qualquer jeito desse jeito que você não sabe. Mas agora me perdi. Ah, sim, a coragem. Eu fui covarde, mas odiaria se você também fosse. Na verdade, perderia todo o sentido esse jeito se você fosse covarde. Você deve ter coragem e me dizer/fazer isso que se você disser/fizer talvez eu te odeie. Não porque seja impossível eu te odiar, não. Mas porque é a coisa sincera. Como é a coisa sincera eu postar tudo isso que eu ‘falei’ no pato, mesmo eu me arrependendo de dizer certas coisas.

(Me dá um abraço [POR FAVOR!] que é a única coisa falsa nesse post).

Mas já não sei mais o que falar, então que seja.

...

“Burocratas te advertem que a aurora foi abolida
por tempo indeterminado.
Comunicam-te que o trigo e o vento serão exportados para o arco-íris.
Aconselham-te a esquecer
o corpo ensangüentado dos acontecimentos.
Eles te ensinam que o orvalho não cai sobre aqueles que semeiam dúvidas.
Mandam esvaziar tuas palavras de toda a possível reminiscência.
Eles te fiscalizam do alto dos edifícios, escanchados nalgum dragão lunar.
Eles te dão um ataúde azul
e te ordenam que é tempo de morrer.”


.
.
.
Texto inicial: Luís Fernando Veríssimo

Texto final: Francisco Carvalho
.
.
.

Eu vou partir...

Trilha sonora da Vida.
Lembram de há um ano, um pouco mais?
Avenida Paulista. Eu andando de costas andando. Não me derrubem! Um ano ou mais.
Porque laranja e azul? Não me lembro.
Alguma coisa idiota. Tipo o pato. O pulo.
O Pato está na Ratoeira. Quer coisa mais imbecil?
Lembram do Molero? Do rapaz? Da Juventude Nazista e dos rebeldes falando pra gente correr...? Não, dessa vez fomos só nós dois. Chocolate, diamente negro. O passado.
O ônibus balançando e a gente associando palavras. Travesseiro me lembra high-tech, eu disse, e você riu. Tempo? Como assim 'tempo'? Cinqüenta contos minúsculos. Bolinhas e um imã. Bienal, melancia. Mas isso foi depois.

Não sei bem o que foi, acho que foi a bobagem. E o Comênius, quando vocês disseram que eram irmãos. Não eram. Eram meus amigos. Nossos.
Estranho um blog em que falamos de nós mesmos (no plural)
A cidade proibida, Margarida
A cidade é moderna
Urso Canadense, loiro, enorme, rolando no chão.
E um azul estranho, fascínio, facilidade.
Mais il n'est pas facile pour tout.
O bonde fora dos trilhos.

Quando as pessoas choram, seus olhos ficam vermelhos.
Mas somos nós que precisamos de um abraço forte.
Talvez eu até te ame, mas como saber?
Talvez eu nem sequer consiga viver sem você.
Talvez. Peut-être. Forsit.
Salvação.
Messias.
Mundo.
Vida.
Nós.
Eu.

A cidade é moderna
dizia o cego a seu filho
Os olhos cheios de terra
o bonde fora dos trilhos
A aventura começa no coração dos navios
Pensava o filho calado,
pensava o filho ouvindo
Que a cidade é moderna
pensava o filho, sorrindo
Que era surdo era mudo
mas que falava e ouvia...


Talvez tenha sido a idiotice.
Física, Metafísica. Filosofia, política, matemática, literatura.
Bobagens. Música. Arte. Conhecimento, Nhoque.
Egocentrismo.
Bobagens.

Talvez tenha sido a carne. A carne mesmo, a carne macia.
Dava vontade de arrancar com as mãos ou morder com força.
Devorar, Raksha, loba, Shiva. Rita? Todas elas. Sim, todas elas. E todos nós também.

Ou sair dançando a Valsinha. Valsinha me lembra Paulinha e Artur. E Chico Buarque, claro. E, porque é uma valsa, minha vó, meu pai. Forró.
Saivez-vous dancer le forró?
J'sais pas dancer, pas dancer...

"Eu liguei pra dizer que te amo, que te odeio..."

Essas coisas não acontecem, não acontecem. Eu não odeio ninguém. Amo a todos, especialmente vocês. Eu queria me entregar, descansar, mas não importa mais.

Talvez um pouco o CineComentado. Lembram, pipoca com flor, club-social? Lembram dos debates sobre futebol, de quase dormir, ir pra casa? Lembram das brincadeiras, cócagas, carinhos, ombros? E a gente, rindo, cantando uma música qualquer de noite. Mordo sua orelha.

Talvez o Bruno, e depois a Gabi e o Charles. E, mais tarde ainda, a Marie, a primeira fileira da classe. A Cláudia... Saudades das aulas dela, das provas dela. Das ostras. As pérolas de Leminsky.

Acho que eu não sei o que nos juntou, nós três. Nem por que raios criamos este bolg estranho. Nem por que fomos passear na Paulista naquela quinta-feira, nem por que contamos A morte desgraçada de dois amantes muito infelizes que morreram um de veneno outro de dor com vários incidentes em cenas de quinze segundos. Nem por que a borracha veio atormentar o ponto final et cætera.
Mas a questão é que um dia vamos embora. O Artur vai embora ano que vem. Eu não sei o que vou fazer. O Yuri... o Yuri vai ser Yuri. E aí? Vamos continuar escrevendo coisas sem sentido neste blog estranho. Acho que sim. Como disse o Reinaldo, não serve pra nada o patinho ficar lá bicando a ratoeira. A filosofia também não serve pra nada, disse a Ana Bruner. E nós, nós também não.

O rato está na patoeira.
Ou algo assim.

9.7.05

Arranjar meio de vida, Margarida

ggggggggggggggggggggg
gggggggggggggggggggggggg
ggggggggggggg
ggggggggggggggg
g
gggggggggggggggggg
gggg
g
ggg
ggggggggggggggggggg
ggggggggggggg
ggggggggggggggggg
ggggggggggggggggggggggggg
gggggggggggggggggggggggg
gggggggggggggggggggggg
ggggggggggggggggggg
gggggggggggggggg
gggggggggggggg
ggggggggggg
ggggggg
g
g
g
g
g
g
g
g
c

rrrrrrrrrrrrrrrrrr


Até que é gostoso.


Ah! Mas que saudade...

São João-da-ra-rão
Tem uma gaita-ra-rai-ta
Quando toca-ra-ro-ca
Bate nela
Todos os anja-ra-ran-jos
Tocam gaita-ra-rai-ta
Tocam tan-ta-ra-tan-to
Aqui na Terra


Lá no ce-ren-te-re-ren-to
Da aveni-di-ri-di-da
Tem xaró-pó-ró-pó-pe
Escorregou
Agarrou-se-ri-gou-se
Em meu vesti-di-ri-di-do
Deu uma pre-gue-re-gue-ga
E me deixou


Maria, tu vai ao baile
Tu leva o chale
Que vai chover
E depois de madrugada
Ai, ai! Toda Molhada
Ai, ai! Tu vai morrer

São João-da-ra-rão

Tem uma gaita-ra-rai-ta
Quando toca-ra-ro-ca
Bate nelaTodos os anja-ra-ran-jos
Tocam gaita-ra-rai-ta
Tocam tan-ta-ra-tan-to
Aqui na Terra

Lá no ce-ren-te-re-ren-to

Da aveni-di-ri-di-da
Tem xaró-pó-ró-pó-pe
Escorregou
Agarrou-se-ri-gou-se
Em meu vesti-di-ri-di-do
Deu uma pre-gue-re-gue-ga
E me deixou

Maria, tu vai casares
E eu vou te dares
Os parabéns
Vou te dares uma prenda
Ai, ai! Saia de renda
Ai, ai! E dois vinténs


Até que é gostoso sentir saudade, sentir muitas saudades. Sonhar. Ter pesadelos. Perceber que se é menos complexo do que se imaginava; cantar a Fuga Proverbial do Oswaldo Lacerda.

Pato e parente só serve pra sujar a casa da gente.

Arranjar meio de vida, Margarida. Pra você gostar de mim.
Eu fiquei com tanto medo.
Eu fiquei com medo de dormir com a cabeça do lado da porta. Não dá. Instinto. Extinto o caralho!

Perdão pelo linguajar chulo.
Chulíssimo.

Eu acho que a democracia só é justa quando aplicada a uma sociedade igualitária.
- Mas isso é utopia. A democracia não pode ser justa. O mundo não é justo. Só haverá Justiça no juizo final.

Juizo final... Nem lembrava.
Acho que eu não acredito no juizo final.
E se em vez de Deus fôr Zeus? E se fôr Shiva? E se fôr a Rita?
É! A Rita!...

este nosso pato é meio sombrio

Até que é gostoso tocar.
Pensar em entrar numa orquestra.
Depois de quantos anos?
Eu gostava daquela orquestra. E quando eu sentei ao lado da spalla dos primeiros violinos, eu caí.
Fui reprovado em música. Reprovado em música. Reprovado em música.
Artur, eu tenho medo de tentar de novo. Hoje, eu tenho medo de fazer faculdade de Música.
Mas eu vou entrar numa orquestra, quem sabe a partir daí o medo... enfim.
Tocar numa orquestra, ir com esta tocar na França no final do ano; ou será Espanha?
Eu vou partir
Pra cidade grantida proibida
Arranjar meio de vida, Margarida
Pra você gostar de mim.
Arranjar meio de vida, Marina; pra você gostar de mim.
(Mas você já gosta de mim...)
Enfim...
Eu não quero ser geógrafo, Artur.
Eu gosto muito de você, sabia?
Quem sabe eu entro na orquestra?
Quem sabe eu faço música?
Quem sabe eu faço Música!

Saudade da Mali...

A Paulinha e o Dobay.

Toc-toc! Quem é? É o frio.

Eu ligo ligo e a Mali não atende.
Eu vou ver um filme com a mãe e com a avó e ela me liga. Eu não atendo.
Só percebo o recado depois.
É. Eu amo você.
Ah! eu realmente amo você.
E eu quero fazer música.
Eu quero sim, Tu!

(Teve jogo do UT, no espelho, o emblema aparece como TU, aí eu lembro de você.)

A gente ganhou o jogo.
E eu fui no dentista.
Eu tenho que começar a mastigar com os dentes do lado esquerdo.

E o filme.
Lençol.
Areia.
Os lençóis maranhenses me lembraram Macondo.
Macondo não é feita de areia. Mas a areia avança e vai devorando tudo.

Que diabos eu faço com a Física?

A Lua é sempre a mesma.
Que importa a física, a Cosmologia?
A Lua é sempre a mesma.
"O homem foi pra lua. E o que ele achou lá? Nada. Dizem. Dizem que lá só tem areia."

Mas a física me aproxima da Origem e do Ser, ou de Deus, se preferir, Zeus, Shiva, ou a Rita.
Aliás, por que não a Rita?

1.7.05

Um ano de pato hoje (01/07)

Foda-se, aniversários são idiotas quando não ganhamos presentes.