Do inesperado desafogar
Momento em que, no meio da rua, uma das três garotas me oferece um simpático gracejo elogioso, redescubro a deliciosa sensação de romper o tédio e passividade costumeira.
(E não sendo pela injeção no ego e nem pela possível ironia.)
É como aquele sujeito, pelos lados de Santo Amaro, que sem camiseta e um saco de pão nas mãos vinha cantando Paulinho da Viola, em alta e despreocupada voz; ou aqueles comentários, perdões e com-licenças absolutamente usuais que às vezes a gente flagra e ri com seu querido desconhecido da bobeira das normas; ou ainda das danças que eu fazia, com caras e bocas e assustava as pobres e esquecidas senhoras de partes pretensiosas da cidade.
A garota do outro lado da rua: nos cumprimentamos sem os receios do desconhecido e nos encontramos num diálogo de olhares e gestos e sem nos importar com a perplexidade dos que a acompanhavam.
E há ainda o profeta! Aquele que perdeu os dentes numa briga com a polícia (me contou certa vez na reitoria), sabe das coisas do mundo e participa (sempre que pode) de revoluções.
(E não sendo pela injeção no ego e nem pela possível ironia.)
É como aquele sujeito, pelos lados de Santo Amaro, que sem camiseta e um saco de pão nas mãos vinha cantando Paulinho da Viola, em alta e despreocupada voz; ou aqueles comentários, perdões e com-licenças absolutamente usuais que às vezes a gente flagra e ri com seu querido desconhecido da bobeira das normas; ou ainda das danças que eu fazia, com caras e bocas e assustava as pobres e esquecidas senhoras de partes pretensiosas da cidade.
A garota do outro lado da rua: nos cumprimentamos sem os receios do desconhecido e nos encontramos num diálogo de olhares e gestos e sem nos importar com a perplexidade dos que a acompanhavam.
E há ainda o profeta! Aquele que perdeu os dentes numa briga com a polícia (me contou certa vez na reitoria), sabe das coisas do mundo e participa (sempre que pode) de revoluções.