27.3.05

ponto ponto

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Sabe qual é o problema?
Falta de cultura no sentido antropológico.

CULTURANOSENTIDOANTROPOLÓGICO
OCIGÓLOPORTNAODITNESONARUTLUC

Eu fico aqui tagarelando, esbanjando, filosofando, vomitando mas, nas verdade, na verdade verdadeira,
eu não sei porra nenhuma.

Vivi muito pouco. Vivi 16 anos, 4 meses, 9 dias e algumas horas e falo de tudo, e me meto a falar de tudo. Tudo isso que eu não sei.
Falta cultura no sentido antropológico.
Transmissão de cultura no sentido antropológico pode ser ambígua (talvez seja a própria cultura). Mas eu me atrapalho. E não tenho opinião própria.

Eu caio de uma cachoeirinha e já me meto a falar do Medo. Pois eu nunca senti Medo de verdade. Nunca, que Medo que eu sinto?? Quantas vezes me ameaçaram seriamente de morte? Quantas vezes eu sofri alguma Dor de verdade?

Pois eu senti Dor de verdade, a minha barriga que o diga.
Eu senti Dor. Mas não é nada, dá tudo certo no final.
Eu não sei porcaria nenhuma.

Os amantes não precisam para os seus ritos amorosos de outra luz qu não a própria beleza dos seus corpos. E vai-e-vem.. E vai e volta.. Beijinho aqui e outro beijinho na boca.. e vai-e-vem.. e vai-e-volta.. E o casal fica numa dança louca..
Larariró. pom pom
lararitum. pum pum
larariróparatitaracaretericalelé. fuim fuim
Aqui nessa mesa de Bar, de Bach! E toca Bach.. e vai-e-volta. Mas depois disso vem um carinha e cho rom pom.
Depois de um certo tempo, depende do ser humano, começa a jorrar um líquido estranho. Stravinsky chama isso de ejaculação: são os espermatozóides pra fazer a concepção.
pom pom
tum tum
Skindô skindô
Lá os seus amigos são chineses.
Alma pom tum
respiração póim pausa
sangue tim tom
ejaculação clã tó pausa pausa pausa
E terminando tudo isso chega alguém e chora.
Sempre choram. Ou tudo fica bem.
Afinal?
E vai-e-vem.. Experiência negativa.
E vai-e-volta. Felicidade descontrolada
Beijinho aqui ()

tumtumtumtumtumtumtum
tubarão!!!
TUBARÃO!!!!
iuhuhuu!!
slash!
ui!
rasg!
ai!

Tubarão comeu minha perna olê olê olá
Tubarão comeu minha perna olê olê olá
E eu?
Você?
Eu não sei.
E por que não?
Nunca fui pra alto mar, olê olê olá
Nunca fui pra alto mar, olê olê olá
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Isso tudo há seis dias.








Pronto, agora é outra coisa, porque eu não tive tempo de terminar a coisa de cima.

Eu ainda não aprendi, olê, olê, olá
Eu ainda não aprendi, olê, olê, olá
A quê?
A brincar!
Como?
Dessa maneira.

Mas agora vou começar olê, olê olá
Mas agora vou começar olê, olê olá

^^`~´;´~´ç.~ç´.AKASFM\´PNpnsoinfaçm 2394~´/;9p*-/.

(Se as minhas mãos invadem as suas sem pedir licença, peço desculpas e pago docemente o meu pecadp: meus lábios, dois humildes peregrinos estão prontos para suavizar esse toque rude com um beijo.)
Mas quem sou eu para dar um beijo no senhor e na senhorita?
Mas
quem!
sou?
eu!
para
dar?
um
beijo!
no
senhor!?
e!
na
senhorita?

Na senhorita.

""Eu te amo demais para te sujeitar à minha presença.""

Pois é...
...Nem isso...

Olha aqui ô meu menino eu vou ter que te explicar
as pessoas aí na terra elas vão ter que mudar
vão ter que sentir o cheiro do perfume aqui do céu
Têm que destampar os ouvidos e dos olhos tirar o véu.

Minha amada já vou indo, mas antes eu vou ficar
Prá rezar pros meu anjinhos, prá mudar esse lugar

Lá vai a garça branca
Meu Deus, como vai se avoando
Eu queria ser um balãozinho
Pra mim te acompanhando
Eu tenho uns canário preto
Oi na gaiola vai redobrando

25.3.05

"Who wants to live forever?"

Vamos, falem. Falem mais uma vez. Façam-se ouvir. O que quiserem. E eu vou me calar.
Droga. Correndo nestas veias. A carne é fraca, tremendo que nem vara verde. Verde. A garganta queimando. O pulmão parece que vai implodir. As veias e artérias pulsando, pulsando, pulsando. Os olhos vermelhos, o sangue aflorando depressa, depressa! A carne finjindo que vai sangrar, os tendões expostos. A dor.

Por que estou escrevendo isso? As rodas giram muito devagar... As contas em meus pulsos. Resmungo entristecida. Aquilo não era mesmo um lixo. Talvez eu até tivesse voltado atrás. No fundo, não importa. Somos todos idiotas, mas não importa. Os homens brigando, mamãe, eu vi! Tinham sangue nos olhos, e rosnavam que nem feras. Se fossem morrer, urrariam sem dizer palavra. Palavra, mãe! Gritos surdos, Pedrinho caindo na água, seu pulmão pequeno buscando ar em desespero, os braços procurando terra, até que. A baiana na Baía de Guanabara até achou que ele estava vivo. E o pai pensou tanto, que o matiz natural da decisão se transformou no doentio pálido do pensamento. Eu, internamente, chorei pela morte do menino. Ser ou não ser, Marília? Será mais nobre sofrer na alma estas pedras, funcionárias, sem amor? E os arquivos, Carlos? As caixas de papéis violados, feridas suas carnes brancas com facadas de tinta preta?! Que cortejo é este, meu Deus, que avança com sanfonas de morte e dança pela estrada, seguindo o trem que passa como um discurso irreparável? Foram as histórias, já, todas contadas? E a minha história, Carlos? Como tirar a flor? Será mais nobre se armar contra um oceano de dificuldades, para em combate dar-lhe fim? E que fim? O que nos acontece, que tem a ver conosco?! Somos apenas marionetes, dançando ao som da música de nossos destinos? Somos filhos de Deus? Somos loucos raivosos, perdido o sentido da vida? E tudo isso pra quê?

Calo-me num assustador silêncio de arrepios. O mundo ruidoso não me responde, será? e se cala aguçando minha loucura até o limite da razão. Me calo, desorientada. Até quando vamos sepultar o amor...

Quem quer viver para sempre?

O mundo respira, o tempo desfaz-se em névoas? Não se preocupe, um dia você saberá o que sentiu no momento de seu nascimento. Não se abrigue, a chuva cai para molhar. A chuva, a chuva a mesma história de sempre. As gotas caindo qual sangue na terra, brilhantes e transparente. Um Gavião voando lá no alto nos observa, protetor. O Lince murmura que "Sora wa himitsu desu" e silencia-se novamente, a esfinge. Os sonhos fecham suas portas. O sol oculta-se sem querer, o dia finje que renasce. O tempo se desanuvia. Tudo sorre, tudo esmoresce. E cai, sorrindo, desaparecendo. A alegria desperta de repente. Quem quer abraçar a vida?

O para sempre era um para sempre meio relativo. É mesmo. Sempre.

Seus olhos castanhos me olhando meio provocadores. Quem é você?

O Urso pergunta mais uma vez. Urso, me ensina o teu Silêncio! Eu acho. Encontro. Sofro. E rio na delícia da minha solidão. Que não é solidão. Não é. Rio, que eu queria, mas não ela se. Se. Ouçam desta vez. Eu quero viver para sempre...





"The universe is shouting."

19.3.05

Fragmentos

Não há tempo, não há tempo.
Abandono, vazio, velhice.
O tempo passa, minhas crianças, mas nada fazemos porque estamos demasiadamente ocupados nada fazendo... Estou atrasado, muito atrasado. A Rainha de Copas vai me matar. Pois o tempo, queridos, acabou, passou, girou, findou, morreu, torceu, caiu, gemeu, o tempo gemeu ai.

* * *

Vocês (=nós) sãomos todos uns idiotas(nós).

* * *

De que vale falar a verdade?

Fiz tudo o que eu lembrava ser possível fazer. Talvez algum dia surja outro algo.

Infelizmente, minhas queridas crianças, preciso me separar de vocês. Porque com vocês não dá mais. Não há mais nada pra fazer, entendem? Já acabou, estamos prolongando algo como se quisessemos recriar vida num defunto. Preciso ir.
Pra Campinas?

* * *

Campinas? Tããão longe. Realmente, eu sou muito preguiçoso para ir até lá, mesmo que pudesse seguir uma estrada de tijolos amarelos.
Campinas, pois sim, mas fica longe, longe.

Saudades?

* * *

Mas que estás tu a discursar de saudades? Tu mesmo disseste agorinha ainda que precisas ir. Precisas afastar-te desse contexto que te prende, que te lembra da tua miséria.

Oro ao tempo tempo tempo tempo. Quando o tempo for propício? E se não for?

* * *

Cativa-me.

* * *

Nós bem que poderíamos ser irmãos, mas sendo eu japonês e você submarina, não acho que seria muito prático. Principalmente se tivéssemos que ser irmãos siameses.

* * *

Acho que esse post fragmentário é o mais uno que eu já escrevi.

* * *

Deu pau no marca-passo...

* * *

Afinal, pra que que eu vou escolher uma faculdade? Por que tenho de decidir entre artes cênicas e filosofia se no fim dá tudo na mesma? No fim, depois de atravessar toda a Europa, conquistando terras e povos, atingindo a glória, voltarei ao meu reino para descansar. Então pra que escolher?

* * *

Fui no tororó
Beber água, não achei.
Achei o fim do mundo
Que no tororó matei.

* * *

Mordi você, e você e você. E foi bom sentir sua carne entre meus dentes. Foda-se suas dores. Foi bom quase tirar sangue. Foi bom deixar você outro com medo. Foi bom que você me lambesse.

Aliás, talvez esse último seja o melhor.

Vêm por que eu tenho que ir pra Campinas?

* * *

Mas que saudades que...!

* * *

Mas que preguiça que...!

* * *

Mas que molho de tomate! Molho de tomate é algo totalmente curioso. A coisa mais normal do mundo, mas nunca a gente se acostuma com ele.
Tem gente que é que nem isso...
Tem gente que é que nem pêssego.
Tem gente que é que nem Maomé.

* * *

Pênis.

* * *

Sintia-me cansado e superexcitado ao mesmo tempo. Não queria pensar no que ia acontecer de madrugada, na morte. Aquilo não tinha sentido, havia apenas palavras, um vazio. Mas quando tentava pensar em outra coisa, via canos de fuzis apontados pra mim; vivi talvez umas vinte vezes seguidas a minha execução.

* * *

Prisón. Prisón. Execuçón. Execuçón. Exec...

- Ora (direis) ouvir estrelas!

...cusón.

Peraí, cusão não.

* * *

Lambida: Infinito. E os cabelos quimicistas. E os prazeres poesistas. E as memórias haistas.

* * *

Tinha MUITO mais coisa que eu queria escrever aqui. Mas esqueci.

* * *

Definitivamente, preciso ir embora desse lugarzinho imundo.
Mas ele é o MEU lugarzinho imundo.

Onde mais poderia falar "meu" e pensar em outra coisa?

* * *

Faz tanto tempo que não faço nada!

* * *

Meu ócio revolucionário está sendo reprimido pelas tendências conservadoras autoritárias burguesas. Ou então, pelo tempo tempo tempo tempo, algumacoisa de todos os ritmos.

* * *

Uma libélula volúvel e minúscula circula em círculos e articula cem sons ridículos.

* * *

De que adianta dizer a verdade?
Por um instantezinho mínimo (nanossegundos?), caem as máscaras ao redor.
E eu vi, eu vi!!!

Mas já cobriu de novo.

Enfim: muito interessante a experiência, mas na prática não fez porra nenhuma.

* * *

Eu disse, em algum lugar nesse blog eu havia dito. Eu disse que não tinha o que eu fazer.
Talvez, sim, eu seja idiota. Mas fiz tudo o que eu podia.
Agora, só me resta ser ou não ser.
Ou não ser.

* * *

Mentira, só me resta - ao menos por enquanto - não ser.
Pois se fiz tudo e não foi suficiente.
Pois se nada posso fazer.
Pois se só posso me conformar.
Só me resta. Não. Ser.

* * *

Não sei fazer poesia, mas se soubesse, seria algo mais ou menos assim:

* * *

PUM.

* * *

"É cocô. Joga fora."

"Mágico de Oz."

"Humanidade."

* * *

Sabe o que mais? Vou dormir, é melhor do que ficar aqui postando sem razão.

* * *

No meu natimorto "Na Ratoeira", escrevi "morra blog maldito" para matá-lo.
Queria escrever o mesmo aqui, mas sei lá.

Vocês sabem como é.

* * *

Por que eu ainda estou aqui? Por que segundaterça? Quartaquin? Tasextasába? Dodo? M? Ingo? Por que vivo? Medo? Só isso?
Francamente, minha vida já não é só "HORRÍVEL", "um inferno", "Buá". Ela simplesmente é chata. E babaca. Como eu.

* * *

Porque a Marina fugiu do meu beijo?

* * *

Desculpem?

* * *

Morra, Artur maldito.

* * *

Felicidade
É surpreender
Com Kinder Ovo
E quem sabe o que achar?
É acreditar,
sonhar, desejar,
descobrir o que é!
Felicidade:
encontra, joga sorri,
E depois divide o bom Kinder [memória ilegível]
Um Kinder Ovo
É um pedaço de
FELICIDADE.