19.1.06

Poemetos (pra ti, é óbvio)

Certeza de que me queres

A verdade da miragem
Talvez seja colocar
A esperança na viagem

Toda pipa devia ser vermelha
O imundo mundo:
Só até ver
Bem lá no fundo
Uma libélula.

Ode a uma pinta

Ó pinta,
desperte
do sono
da pele!
Não minta,
liberte,
teu dono
revele!

tua auto-biografia
Todo
Dia
Surge
Uma
Nova
Marca,
Cica-
Triz.
Pode
Vir de
Machu-
Cado,
Pode
Vir de
Ser fe-
Liz.


É belo e brilha, mas não faz sentido
Um escaravelho vem e me diz
Que ainda não aprendeu a falar.
Antes que ele saia pela janela,
Mato-o e prendo no meu mural.

Pra te caber
Quantas sílabas um verso pode ter e ainda continuar sendo apenas
[um verso?
A partir de que numeral cardinal os colchetes passam a ser uma
[mentira?


Masoquismo amoroso
No sangue que escorre
Do dente que morde,
É a vida que corre
Pro rim do mais forte.

Vergonhas
Teu sexo,
e já não consigo respirar.
Até que me falas,
e o seu hálito dissipado no quarto todo
abre minha traquéia
à força.

Verão
Como consegues
Estar sempre
Tão quente?
Ah!, teus abraços!
Como pode o calor ser tão bom?

Semelhança entre sonho e pesadelo
Um dia resolves
Ouvir bem
Nosso abraço:
O som do ar
Em minha respiração
Funda,
E descobres
Que te quero
porque te cheiro.

18/01/06

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