11.1.06

Dialetiquinha pobre e apaixonada
ou
Madrigal sujo

E sem destino, e louco, sou o mar
Patético, sonâmbulo e sem fim.
(Vinícius de Moraes)


Sou o mar,
E em mim te vejo entrar,
Pisar minha testa sem pensar.
Te cubro com minhas águas e sou o mar!,
E te salgo e te observo, tu estás em mim a me brincar
E eu estou em você a te abrir, a te preencher, a te gozar...

Tu me presenteias, não com seu desejado corpo: com teu lixo.
Teus dejetos me ofereces ou me cospes simplesmente.
Como, ávido, teus restos como faz um bicho,
De tudo (amor, comida) carente,
E em mim te vi mijar!,
Sou o mar...

Patético
Eu sigo-te
Sonâmbulo
Espero-te
Ignoro se
Me vês assim
Um lixo que
De lixo vais
Encher sem mais
E sigo-te
E sigo te
Amando só
E nada mais
Contente estou...

Sou um mar,
..................................................
E com teu mijo cresço, gostosamente, em volume e em calor...

11/01/06

2 Comentários:

Blogger Artur disse...

Blá, já que eu sou um péssimo poeta, resolvi que não preciso me preocupar em ser prolífico demais e perder a qualidade ^^

11/1/06 13:46  
Blogger yuribt disse...

Ser péssimo é muito interessante. Artisticamente falando.

12/1/06 00:36  

Postar um comentário

<< Home