O sentido da vida
ou
Sobre reflexão do dia 31 de agosto, na sala 4
“Num círculo, o centro é naturalmente imóvel;
mas se a circunferência também o fosse,
não seria ela senão um centro imenso”.
- Plotino
I.
Meu círculo-vida gira incessante,
Mas jamais se altera porque o faz
Em torno de um centro fixo, do qual
Não pode senão manter sua distância.
Do círculo-vida escapa o centro
Pela terceira dimensão, formando
Uma reta – infinita e absoluta.
Provavelmente essa reta é um eixo
Em torno do qual muitos outros círculos,
De maior ou menor raio revolvem.
II.
Muito mais difícil apreender
Do que o finito infinito do círculo
É o outro infinito, o da reta.
III.
Se uma esfera minha vida fosse,
Na quarta dimensão me escaparia
O centro, sempre inapreensível.
Eu preciso alcançá-lo, tangenciá-lo,
Aproximar-me dele mais e mais
Até fazer com que nos transformemos
Ambos em centros e ambos em círculos,
Focos de uma elipse que também somos,
E da qual escapam transversalmente
Enquanto duas retas paralelas,
Isto é, que se encontram no infinito.
04/08/06
ou
Sobre reflexão do dia 31 de agosto, na sala 4
“Num círculo, o centro é naturalmente imóvel;
mas se a circunferência também o fosse,
não seria ela senão um centro imenso”.
- Plotino
I.
Meu círculo-vida gira incessante,
Mas jamais se altera porque o faz
Em torno de um centro fixo, do qual
Não pode senão manter sua distância.
Do círculo-vida escapa o centro
Pela terceira dimensão, formando
Uma reta – infinita e absoluta.
Provavelmente essa reta é um eixo
Em torno do qual muitos outros círculos,
De maior ou menor raio revolvem.
II.
Muito mais difícil apreender
Do que o finito infinito do círculo
É o outro infinito, o da reta.
III.
Se uma esfera minha vida fosse,
Na quarta dimensão me escaparia
O centro, sempre inapreensível.
Eu preciso alcançá-lo, tangenciá-lo,
Aproximar-me dele mais e mais
Até fazer com que nos transformemos
Ambos em centros e ambos em círculos,
Focos de uma elipse que também somos,
E da qual escapam transversalmente
Enquanto duas retas paralelas,
Isto é, que se encontram no infinito.
04/08/06
1 Comentários:
Desculpa, Artur, eu acho que entendi um pouco, mas você ainda vai ter que me explicar.... O.O!
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