4.8.06

O sentido da vida
ou
Sobre reflexão do dia 31 de agosto, na sala 4

“Num círculo, o centro é naturalmente imóvel;
mas se a circunferência também o fosse,
não seria ela senão um centro imenso”.
- Plotino
















I.

Meu círculo-vida gira incessante,
Mas jamais se altera porque o faz
Em torno de um centro fixo, do qual
Não pode senão manter sua distância.

Do círculo-vida escapa o centro
Pela terceira dimensão, formando
Uma reta – infinita e absoluta.

Provavelmente essa reta é um eixo
Em torno do qual muitos outros círculos,
De maior ou menor raio revolvem.

II.

Muito mais difícil apreender
Do que o finito infinito do círculo
É o outro infinito, o da reta.

III.

Se uma esfera minha vida fosse,
Na quarta dimensão me escaparia
O centro, sempre inapreensível.
Eu preciso alcançá-lo, tangenciá-lo,
Aproximar-me dele mais e mais
Até fazer com que nos transformemos
Ambos em centros e ambos em círculos,
Focos de uma elipse que também somos,
E da qual escapam transversalmente
Enquanto duas retas paralelas,
Isto é, que se encontram no infinito.

04/08/06

1 Comentários:

Blogger Ozzer Seimsisk disse...

Desculpa, Artur, eu acho que entendi um pouco, mas você ainda vai ter que me explicar.... O.O!

4/8/06 20:37  

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