3.9.06

Mais uma vez

É engraçado ter saudade de um certo tempo, até porque naquele tempo do qual eu tenho saudade eu era, como sempre, tão infeliz!... Naquele tempo, eu jamais acreditaria que era possível estar mais distante de você, sentir mais sua falta, pois sua ausência era tão grande, mesmo você ali diante de mim. Mas por mais que eu fosse infeliz, miserável mesmo, naquele tempo em que eu tinha a sua companhia (Como pode um peixe vivo...) sempre houve uma presença clara e evidente: a da possibilidade de encontrar a felicidade. Acho que é isso que chamam alegria, e fui muito alegre com você. Talvez seja pequenez minha não conseguir te amar a ponto de dizer simplesmente que me contento com sua existência (e regozijo com sua existência), mas não me é suficiente e te amo também dizendo que preciso de você e que te quero. Preciso dessa esperança de você, porque eu vi o que é o mundo. Sabe, sem você eu me sinto... horrível. Vejo-me como alguém ruim, incompetente, inábil, inútil, desastrado, mal-educado, egoísta, irritante, incorreto, mesquinho. Tudo me acontece de errado, e como se isso não bastasse eu só faço merda. Mas, perto de você, é como se eu pudesse ser outra coisa. A solidão deve ser o sentimento mais objetivo que há. E a atmosfera de Plutão é tão fina que nos dias mais frios ela congela e cai sobre a superfície do astro – é o próprio ar nevando em si mesmo. Queria poder te convidar pros lugares. E cada olhar pra você, cada abraço, passar a mão sobre suas coisas, ou mesmo ouvir sua voz no fundo de uma conversa telefônica...

2 Comentários:

Blogger Utak disse...

Artur, você fica mudando sobre quem você fala ou é smepre sobre a mesma pessoa?

você é estranho o.O

Amar esse ser não fazer-lo-á amar você de volta!

lembre sempre disso e quem sabe você para de ama-lo tanto

3/9/06 20:21  
Blogger Artur disse...

Realmente, não fará, mas é tudo que eu tenho.

3/9/06 21:06  

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