25.5.06

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

Vinícius de Moraes

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Quem sabe, não é?
Quem sabe tudo muda.
Por que não ir para o Exército?
Um ano...

Por que não?
O que nos prende?
O que nos incomoda?

Esses seus olhos que acabam sem me dizer nada.
Esse automatismo, a rotina...

Automático, incômodo, estranho, alheio.


O que será, que será?




PS. Não implorem por meu voto.

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