19.9.06

Coita amorosa
ou
Enrolações de um sem-futuro

Mote:
“Ante o brilho da visão
tudo nada e tudo vão.”
(Goethe, Fausto)

Num dia perdi o futuro
Frente à tua imensidão
E com um só olhar puro
Levaste minha vida ao chão,
Tudo nada e tudo vão.

Por não querer nada mais
E por me dizeres não
Por não me sentir capaz
De ganhar teu coração,
Tudo nada e tudo vão.

Mesmo conhecendo o Belo
De flor, cinema ou canção
Injusto ainda é o duelo
Com tua contemplação,
Tudo nada e tudo vão.

Por mais que seja de novo
Que seja só ilusão
Eu mais uma vez me movo
Ante o brilho da visão,
Tudo nada e tudo vão.

19/09/06

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