Retiro
Quero compartilhar solidão.
Alguém que acompanhe e viva comigo. Quero o amigo com quem fico em silêncio, compreendendo a vida.
Compartilhar solidão, entende? A solidão admirativa e construtiva. Preciso de alguém ao meu lado.
Para que eu possa conversar em silêncio, e juntos percebermos o que há e o que é.
Pode ser um gato.
Ou um daqueles amigos que encontramos por aí, afastados das multidões.
Um amigo que fale pouco mas que se comunique de fato. Triangularmente: Eu, ele o mundo.
Talvez ela.
Uma questão de entrega absoluta e amabilidade. Os indivíduos em grupo.
Entregar-se, apoiar. Com as costas e os olhos.
Não atirar-se, isso não é troca, ou existência. É um livrar-se de si mesmo. Deus nos livre.
Quero uma convivência sem pudores ou receios. Sem máscaras. Não deve ser feio chorar.
A tristeza deve ser recebida com serenidade e cordialidade.
Uma companhia religiosa.
Alguém com quem eu possa repartir o sabor da comida e o cheiro do mar.
Alguém que aceite a Música, a Dança, a Arte.
E que me proponha desafios.
E que não nos deixemos sentir culpa.
Não quero ser reprimido por vontades.
Que eu possa correr, pular, transar, cantar e gritar.
Que me ajude a colocar as vontades de matar e destruir em seus devidos lugares. Mas nunca reprimindo-as!
Talvez uma garota, poeta, argentina, uruguaia, por que não?
Um moleque que goste de videogames.
Então vamos jogar futebol.
E brincar de circo.
Quero um amigo que me segure e me coloque no colo.
Que faça yoga comigo.
Uma garota que me abrace e me olhe com ternura. Que se deite no meu colo e aceite um cafuné. Que me conte sobre os garotos que ela ama. E que pergunte sobre os meus amores.
Não precisamos gostar, fazer ou sentir as mesmas coisas.
Que apenas queiramos nos acompanhar.
E amar, juntos.
Tudo, absolutamente.
Religiosamente.
(E , quando conseguirmos existir de verdade, procuraremos mais companheiros.)
Dividir o pão, amar. Esta será a liberdade: seremos. O próprio mundo.
(Vamos nos encontrar pora aí, por acaso.)
Você: me acompanha?
Alguém que acompanhe e viva comigo. Quero o amigo com quem fico em silêncio, compreendendo a vida.
Compartilhar solidão, entende? A solidão admirativa e construtiva. Preciso de alguém ao meu lado.
Para que eu possa conversar em silêncio, e juntos percebermos o que há e o que é.
Pode ser um gato.
Ou um daqueles amigos que encontramos por aí, afastados das multidões.
Um amigo que fale pouco mas que se comunique de fato. Triangularmente: Eu, ele o mundo.
Talvez ela.
Uma questão de entrega absoluta e amabilidade. Os indivíduos em grupo.
Entregar-se, apoiar. Com as costas e os olhos.
Não atirar-se, isso não é troca, ou existência. É um livrar-se de si mesmo. Deus nos livre.
Quero uma convivência sem pudores ou receios. Sem máscaras. Não deve ser feio chorar.
A tristeza deve ser recebida com serenidade e cordialidade.
Uma companhia religiosa.
Alguém com quem eu possa repartir o sabor da comida e o cheiro do mar.
Alguém que aceite a Música, a Dança, a Arte.
E que me proponha desafios.
E que não nos deixemos sentir culpa.
Não quero ser reprimido por vontades.
Que eu possa correr, pular, transar, cantar e gritar.
Que me ajude a colocar as vontades de matar e destruir em seus devidos lugares. Mas nunca reprimindo-as!
Talvez uma garota, poeta, argentina, uruguaia, por que não?
Um moleque que goste de videogames.
Então vamos jogar futebol.
E brincar de circo.
Quero um amigo que me segure e me coloque no colo.
Que faça yoga comigo.
Uma garota que me abrace e me olhe com ternura. Que se deite no meu colo e aceite um cafuné. Que me conte sobre os garotos que ela ama. E que pergunte sobre os meus amores.
Não precisamos gostar, fazer ou sentir as mesmas coisas.
Que apenas queiramos nos acompanhar.
E amar, juntos.
Tudo, absolutamente.
Religiosamente.
(E , quando conseguirmos existir de verdade, procuraremos mais companheiros.)
Dividir o pão, amar. Esta será a liberdade: seremos. O próprio mundo.
(Vamos nos encontrar pora aí, por acaso.)
Você: me acompanha?
3 Comentários:
é, eu quero isso também... *suspiro*
è, acho que todos queremos isso...
a não ser a parte de transar com ele, caso seja um amigo, claro.
mas... um dia agente acha... talvez voc~e já tenha achado mas não percebeu, ou achou e não era o que você queria na teoria. Mas agente continua...
Ai, Ugo...
Você e seus bloqueios sociais cristão-burgueses...
hehehe
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